José Pedro Regatão

Habilitações Literárias

Licenciado em Artes Plásticas - Escultura pela Faculdade de Belas Artes do Porto. É mestre em Teorias de Arte e doutorado em Arte Pública pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. 

 

Experiência Profissional

É professor na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa (IPL). É autor do livro “Arte pública e os novos desafios das intervenções no espaço urbano”. Escreveu vários ensaios sobre arte pública e é membro do Centro de Investigação e de Estudos em Belas Artes (CIEBA). De 2005 a 2009 foi bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia. 

 

Debate: Arte Pública e Poder

A Glória Efémera  

Ao longo da história, a Arte Pública tem sido um campo privilegiado de manifestação política, onde os artistas têm vindo a exprimir a sua visão da sociedade. Tal como os regimes totalitários se serviram da arte pública para efeitos de propaganda ideológica, hoje em dia ela tem sido utilizada como um meio de crítica às políticas do Estado democrático. Observe-se, por exemplo, os anti-monumentos que subvertem a necessidade auto-consagratória do poder, ou o grafitis que ridicularizam os representantes do estado e da autoridade. 

Nesta comunicação propomos uma reflexão sobre a arte pública com conteúdo político, a partir da análise de um conjunto de obras que problematizam aspectos político-sociais da sociedade contemporânea. 

 


Duarte Encarnação

Habilitações Literárias

Doutorado em Bellas Artes (2010), Programa de Artes Visuales e Intermedia, com a tese: “Expansiones del híbrido escultura / arquitectura: Cartografias de un Arch-Art como respuesta al arte público crítico”, UPV, Universidad Politécnica de Valencia - Facultad de Bellas Artes de San Carlos, Departamento de EsculturaEspecialista Universitário en “Artes Visuales e Intermedia”(2005) – Departamento de Escultura/UPV 2002 – 2004 (correspondente à fase curricular do DEA – Diploma de Estudios Avanzados). Licenciado en Bellas Artes (2001) (Licenciatura em Artes Plásticas variante em Escultura, homologada em Espanha) Título homologado pelo Ministério de Educación. Dirección General de Política Universitária, Subdirección General de Títulos y Reconocimientos de Cualificaciones

 

Experiência Profissional

Artista Visual

Actualmente exerce a docência com a categoria de Professor Auxiliar na Faculdade de Artes e Humanidades da Universidade da Madeira.                                                                                       Director da Licenciatura de Arte e Multimédia

 

DEBATE: ARTE PÚBLICA E PODER 

A Arte Pública na Madeira

Pretende-se uma breve abordagem de estudo e inventário crítico/interpretativo sobre a escultura inscrita na realidade da Arte no Espaço Público local desde a implementação da autonomia política. A tónica deverá partir sobre a hipotética possibilidade de existência de uma Arte Pública no espaço insular, discutindo o binómio relacional arte/poder, tendo em conta os pressupostos do "campo expandido" e da "especificidade do lugar" (Krauss, Brea, Armajani, Maderuelo, Hal Foster, et al.) Esta comunicação iniciará questões a desenvolver futuramente no projecto de investigação em "Arte e Design no espaço público - Centro de Estudos Regionais e Locais  (CIERL), Universidade da Madeira.


Arlete Alves da Silva

Habilitações Literárias

Licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa            Curso de Língua e Literatura Alemãs na Universidade de Salzburg, Áustria.                           Frequência do Instituto Alemão e do Instituto Italiano de Lisboa.

 

Experiência Profissional

Directora das Galerias 111, Lisboa e Porto (até 2014).                                                                  Integra, desde 2006, a Comissão de Gestão do CAMB, Centro de Arte Colecção Manuel de Brito, Palácio Anjos, Algés.Comissária de todas as exposições realizadas no CAMB. Ligada desde o início à Galeria 111 de Lisboa (1964) e à Galeria Zen do Porto (1971), depois Galeria 111–Porto, participou em todas as exposições aí realizadas. Cooperou em inúmeras exposições organizadas pela Fundação Calouste Gulbenkian, CCB, Casa de Serralves, Institut Franco-Portugais, Museu de Contemporânea do Funchal, Leal Senado de Macau, entidades culturais e autarquias.

 

DEBATE: ARTE e PODER

"A Constituição Portuguesa de 1976 consagrou a democratização da arte e o municipalismo.            A cultura é uma arma do poder, quer governamental quer autárquico, mas é também um direito do cidadão que deve ter voz ativa sobre os projetos com que vai ter de conviver.                                      As obras públicas sempre tiveram uma estreita ligação a regimes, a câmaras municipais ou a partidos."                                                                                                          

                                                                                                                                Arlete Alves Silva


Luís Guilherme avança com projecto de promoção de artistas plásticos.

Luís Rocha / Fevereiro 17, 2015 in funchal noticias

O curador independente Luís Guilherme de Nóbrega, antigo responsável pela programação das artes plásticas no Centro das Artes Casa das Mudas, é o mentor de um novo projecto intitulado ‘Exit Artistas’ (EA).Trata-se de uma empresa que está a constituir e que, nas suas próprias palavras, “pretende ser um suporte de promoção da criação artística totalmente independente e de domínio privado, quer na forma de trabalhar, quer ao nível dos seus parceiros financeiros”. A ideia é aproximar artistas madeirenses de instituições de apoio às artes visuais, curadores e exposições sediadas em Portugal ou no estrangeiro.

A ideia surge da constatação, por Luís Guilherme, actualmente professor numa escola da Ponta do Sol, de que na realidade artística madeirense, ao longo dos últimos 40 anos, poucos artistas conseguem ser elegíveis no panorama da arte internacional, como consequência de “uma política cultural rudimentar e muito focada na dimensão local”.

A EA trabalhará, à semelhança de outras organizações de promoção de artistas no espaço internacional, estabelecendo parcerias com organizações que possam potenciar a partilha de experiências e projectos de residências artísticas, “seleccionando sempre artistas que considera serem potenciais criadores” prometedores.

Luís Guilherme propõe-se utilizar os contactos estabelecidos ao longo de dez anos, com “curadores, artistas, galerias de arte e instituições artísticas de elevada qualidade e reconhecimento mundial”.

Num comentário ao estado actual da cultura na Madeira, Luís Guilherme considera que a mesma é diversificada e rica, mas que nunca teve mentores à altura, que soubessem, em primeiro lugar, “catalogar e diferenciar as múltiplas manifestações por forma a poder desenvolver um suporte de promoção turística sem precedentes”.

Na sua perspectiva, vive-se ainda numa sociedade onde a cultura é refém de interesses políticos, religiosos e económicos. Isso faz com que uma verdadeira estratégia cultural não seja adoptada, optando-se por uma “falsa preservação de patrimónios que não são totalmente públicos, mas que são financiados por dinheiros públicos”.

“Esta visão de quem está responsável pela cultura leva a que muitas das áreas afins sejam colocadas de parte e inclusivamente que se deixem degradar determinados investimentos culturais de grande potencial artístico e turístico-cultural para beneficiar determinadas pessoas, em vez de se pensar em beneficiar a nossa ilha como potencial destino cultural”. Algo que, entende, “só é possível com programações coerentes e com linhas de pensamento universal”.

“Olhando para o nosso panorama cultural”, sublinha, “apercebemo-nos que salvaguardamos muito do nosso passado. No entanto, não estamos a construir a nossa identidade actual, que necessita existir para que possamos competir de forma idêntica com o que está a acontecer  nível global”.

“Ironicamente”, constata, “o único museu da Madeira que tem vindo a apresentar um acentuado número de visitantes é o Museu do Cristiano Ronaldo, que mostra e muito a importância de um bom marketing para atrair públicos”.

“Naturalmente que neste exemplo, o próprio fenómeno associado ao jogador influi positivamente na afluência a este espaço. No entanto, não vi até hoje nenhum dos nossos espaços culturais com estratégias assentes em estudos de mercado em relação ao turismo que nos visita”, conclui.